Infância

Eu amo relembrar a minha infância, foi simples, foi maravilhosa. Fui uma criança sozinha na maioria das vezes, que adorava brincar com as suas bonecas e viver no seu mundinho a parte, que sonhava e sonhava o tempo todo, que acostumou a falar sozinha e a se divertir sozinha, claro eu tinha amiguinhas, que brincavam comigo, me contavam mentiras enormes que eu sempre acreditava, como o pé de coca cola que tinha no sitio do avô de uma delas e que nascia primeiro a tampa e depois a garrafinha de coca, que Papai Noel um dia ia lembrar que eu queria ganhar uma barbie e não essas outras bonecas baratas que ele me trazia, é eu era ingênua demais, eu era feliz demais.

Alguns pontinhos da minha infância:

• Minha mãe conta que eu comia sabão rs sempre que eu ia com meus pais ao supermercado eu sumia, mas eles sabiam sempre onde me encontrar, uma criança normal, seria encontrada na seção de brinquedos ou de doces, eu não, era encontrada na seção de limpeza com os dentes cheios de sabão de tanto que já tinha comido, ficava com os dentes azuis rs minha mãe desistiu de me fazer parar de comer sabão e entregou na mão de Deus, ate que um dia em casa não tinha sabão e fui comer sabonete e ardeu pacas a minha boca chorei um monte e nunca mais comi nem sabão ou sabonete rsrsrsrs.
• Acreditava que se eu brincasse com fogo ia fazer xixi na cama, jogava o dente no telhado pra fada vir buscar e trazer um presente, que quando fazia careta se o galo canta-se ficava com a cara da careta para o resto da vida r.
• Eu acreditava que no final do arco-íris tinha um pote de ouro, que se podia chegar ao Japão cavando profundamente, que se eu quebra-se a televisão eu poderia entrar e brincar com o chaves lá na vila.

Fui também uma criança muito atentada rs ou curiosa vamos dizer assim, eu coloquei o dedo na tomada do abajur que tinha no meu quarto pra ver se dava choque mesmo ou era coisa que a minha mãe falava pra me assustar e deu choque mesmo rs eu coloquei a mão no ferro quente pra ver se queimava tanto mesmo e queimou rs, eu fugi de casa pra nunca mais voltar e só fui até a pracinha, voltei e me escondi debaixo da cama pra eles sentirem a minha falta, não sei se isso é ser mesmo uma criança atentada rs, mas fui uma criança muito feliz.